30 maio 2008

Ela dança com seu gingado robótico, irresistível!

"Deve ter alamedas verdes
A cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradores
E o prefeito e os varredores
E os pintores e os vendedores
As senhoras e os senhores
E os guardas e os inspetores
Fossem somente crianças"

A Cidade Ideal

"Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem"

Ciranda da Bailarina

"Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás"

História de uma gata

"Dez mil cambalhotas
Cem mil cambalhotas
Bravo, bravo
Maxicambalhotas
Extracambalhotas
Bravo, bravo
Salta além
Da extratosfera
E cai onde cair
Que a galera
Morre de rir
Que a galera
Morre de rir"

Piruetas

saindo do silêncio (mas só um poouquinho).

Depois de uma breve passagem pelas profundezas do último ano da faculdade, volto com Chico e suas tantas palavras. Como não poderia deixar de ser trouxe a música da aula de ontem a noite, da aula do professor Hilton. E como Chico é Chico e nada mais, nada mais!

Uma pequena pausa dos yeah yeah yeah, porque afinal a fã sou EU.

Junto do Chico um poema inspirado na minha maior inspiração, e como ela sempre está em voga, a chance de erro é zero ;)

No mais, silêncio de palavras minhas para palavras alheias.

Má.

de Maria Fernanda para seus avós

Saudade me dói
Faz meu peito chorar
Saudade é samba certo
para um coração inquieto cantarolar

Partiste de madrugada
para não me acordar
Sabia que se eu escutasse
não iria poder me deixar

Meus escuros olhos molhados
cabeça acenando que não
Cabelos despenteados
chorinho clamando atenção

Não da para segurar
essa rima de choro com samba
Não da para calcular
a distância que nos separou

Não da para segurar
minha reza pedindo que volte
Não da para suportar
a saudade que você me deixou

à minha aula de hoje: a little more Chico.

"Tantas palavras
Que eu conhecia
Só por ouvir falar, falar
Tantas palavras
Que ela gostava
E repetia
Só por gostar

Não tinham tradução
Mas combinavam bem
Toda sessão ela virava uma atriz
"Give me a kiss, darling''
"Play it again''

Trocamos confissões, sons
No cinema, dublando as paixões
Movendo as bocas
Com palavras ocas
Ou fora de si
Minha boca
Sem que eu compreendesse
Falou c'est fini
C'est fini

Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz

Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui"

Tantas Palavras