26 abril 2010

Texto de segunda-feira

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Estou cercada de pequenices redundantes que não parecem fazer diferença alguma para mim. Já estão tão enraizadas no cotidiano que ao me deparar com elas, me passam tão longe.

É a necessidade do novo que me grita, quase em desespero, por uma ação motivacional de mim, nem que venha se encaixar na rotina muito em breve.

Não consigo me achar nesse cotidiano pacato. Não pelo seu silêncio, mas pela monotonia do óbvio (palavra perigosa), pela seriedade da organização, pela falta dela que me aliena e me faz questionar para quase sempre obter a mesma resposta: não sou daqui. Mas se estou aqui, e isso é praticamente irreversível, então o quê? Vagar por mundos paralelos dentro de livros, filmes e imaginação? Ou seriam essas (novamente) pequenas ferramentas que só se farão notar por intermédio de uma ação que parta de mim?

Todos esses pontos de interrogação me fazem ver que, eles sim são os meus maiores pormenores, mesmo que raramente me levem a algum lugar concreto. Por outro lado concreto me parece abstrato, ambíguo e quase obsoleto. Um tipo de constatação que sem fundamentação alguma, me deixa feliz.

Continuarei procurando preenchimentos para os buracos cotidianos que me batem à porta. E mesmo rodeada do silêncio de objetos que já não me dizem mais nada, sempre tem algo que me passará despercebido.

E por isso, sigo.

13 abril 2010

Muito silêncio por tudo


Sinto a madrugada me invadir
Sem presságios,
ela chega como velha conhecida
quase desdenhando minha ocupação,
que já é tão sua.

Um vazio
Sinto um vazio que transborda
Que transporta pensamentos infinitos para...
onde?

Regozijo-me a francesa
em cada palavra que me procura
E calo alto.

Tudo está como deveria,
tenho a impressão
E eu, estou aqui.

06 abril 2010

"Sentia necessidade de poder tirar das coisas uma espécie de proveito próprio, e repelir como inútil tudo que não contribuísse para a alegria imediata do coração, porque tinha um temperamento mais sentimental que artístico procurando emoções e não paisagens".