E num súbito blackout interno
tateei toda a sala
até encontrar uma lanterna
Porém, ao acendê-la,
não pude reconhecer
o lugar onde estava
Não pela escuridão predominante,
mas pelos próprios objetos,
e mais ainda pela falta deles
Estava perdida...
E, de repente, senti um calafrio que me arrepiava
Congelando a alma
De repente me senti sozinha,
desamparada
Onde estariam todos?
Não escutava mais o som das risadas,
ou o som perturbador das pequenas discussões
Tudo era um grande vazio
um grande buraco negro, sem fim
Por dentro meu coração gritava,
desmanchava-se em pequenos pedacinhos
que me dilaceravam, pouco a pouco, a cada movimento
Aos poucos meus olhos exaustos
fechavam-se
Até que o breu houvesse me encoberto por completo
2 comentários:
Pena que você seja uma escritora bissexta, seus textos são sempre ótimos.
Bjs
Obrigada, Macário!
Sempre lisonjeada com seus comentários!
Vamos ver se isso não muda, não é mesmo? =)
Beijos
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