10 agosto 2011

Noite de brisa




E num súbito blackout interno
tateei toda a sala
até encontrar uma lanterna

Porém, ao acendê-la,
não pude reconhecer 
o lugar onde estava

Não pela escuridão predominante,
mas pelos próprios objetos,
e mais ainda pela falta deles

Estava perdida...
E, de repente, senti um calafrio que me arrepiava
Congelando a alma

De repente me senti sozinha,
desamparada
Onde estariam todos?

Não escutava mais o som das risadas,
ou o som perturbador das pequenas discussões
Tudo era um grande vazio
um grande buraco negro, sem fim

Por dentro meu coração gritava,
desmanchava-se em pequenos pedacinhos
que me dilaceravam, pouco a pouco, a cada movimento

Aos poucos meus olhos exaustos
fechavam-se
Até que o breu houvesse me encoberto por completo

2 comentários:

Macário Campos disse...

Pena que você seja uma escritora bissexta, seus textos são sempre ótimos.
Bjs

Maria Eliza Marques disse...

Obrigada, Macário!
Sempre lisonjeada com seus comentários!
Vamos ver se isso não muda, não é mesmo? =)

Beijos