14 novembro 2007

Espera

Esperei.
Desesperadamente esperei.
Fingindo serenidade,
Que vinha de um lugar tão longínquo e desconhecido,
Que me deixava estática,
Por não saber como reagir àquela situação.

Era estranho,
Angustiante.
Mas acima de tudo, esperançoso.
Não morria dentro de mim
Uma imagem qualquer,
O som de sua voz,
As lágrimas,
As saudades...

Estava tudo ali, intacto,
À sua espera.

E a espera, me pareceu,
Duraria horas,
Quem sabe dias.

E eu ali,
Lábios cerrados,
Olhos atentos,
Coração aparentemente calmo,
Estômago roncando e
Bexiga estourando.
Mas dali eu não saía,
Não havia quem me tirasse.

Meu sono já fora tirado,
Lágrimas de mim arrancadas,
Mas a esperança do amor,
Não!
Isso ninguém me tiraria.

E por isso permaneci ali.
Horas,
Minutos,
Dias!
À sua espera.

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