"Morrer — é ver extinto dentre as névoas
O fanal, que nos guia na tormenta:
Condenado — escutar dobres de sino,
— Voz da morte, que a morte lhe lamenta
O fanal, que nos guia na tormenta:
Condenado — escutar dobres de sino,
— Voz da morte, que a morte lhe lamenta
—Ai! morrer — é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no visco
Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.
Ver tudo findo... só na lousa um nome,
Que o viandante a perpassar consome.
(...)
Que o viandante a perpassar consome.
(...)
Adeus! arrasta-me uma voz sombria
Já me foge a razão na noite fria! ..."
Já me foge a razão na noite fria! ..."
Mocidade e Morte
"Quando eu morrer... não lancem meu cadáver
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto
No fosso de um sombrio cemitério...
Odeio o mausoléu que espera o morto
Como o viajante desse hotel funéreo".
Quando eu morrer
São Paulo, março de 1869
São Paulo, março de 1869